O ministro Alexandre de Moraes, durante um jantar no Palácio da Alvorada na noite de quinta-feira (31), afirmou que as sanções impostas a ele individualmente, baseadas na Lei Magnitsky, possuem um caráter político. Moraes destacou que a resposta inicial deve ser dada na esfera política pelo governo brasileiro, antes de considerar qualquer ação judicial nos Estados Unidos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também participou do encontro, planeja fazer um pronunciamento em rede nacional nos próximos dias, reafirmando a defesa da soberania brasileira e a independência do Judiciário. A Advocacia-Geral da União (AGU) já estava avaliando possíveis medidas legais para proteger Moraes e a integridade da Justiça brasileira, mas a decisão final sobre a ação na Justiça americana ficará a critério do ministro.
Moraes demonstrou confiança durante a reunião, afirmando que não se deixará intimidar por ameaças e continuará a exercer suas funções como juiz. O encontro contou com a presença de importantes figuras do governo e do Judiciário, incluindo o procurador-geral da República e ministros do Supremo Tribunal Federal, que discutiram a situação e as possíveis reações do governo brasileiro frente às sanções norte-americanas, que são amplamente apoiadas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.