O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (4). A decisão foi fundamentada em publicações em redes sociais e reportagens que indicam o descumprimento de medidas cautelares e tentativas de obstruir a Justiça. Moraes argumentou que Bolsonaro, mesmo proibido de usar redes sociais, produziu material para ser divulgado por aliados, visando mobilizar apoiadores contra instituições.
A investigação em curso apura a participação de Bolsonaro em crimes relacionados à coação no curso do processo e obstrução de investigação, semelhantes aos atribuídos a seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). A nova ordem de prisão domiciliar proíbe visitas, exceto de advogados e pessoas autorizadas, e o uso de celulares, refletindo a gravidade das ações do ex-presidente.
Moraes detalhou em sua decisão a atuação coordenada da família Bolsonaro, citando postagens que incitaram a mobilização popular. Uma das provas foi uma publicação de Eduardo Bolsonaro criticando Moraes e a decisão que proíbe seu pai de dar entrevistas. Além disso, a participação de Jair Bolsonaro em uma manifestação em Copacabana, por meio de uma ligação telefônica, foi destacada como uma violação das restrições judiciais. A exclusão posterior de postagens por Flávio Bolsonaro foi interpretada como uma tentativa de ocultar o descumprimento das medidas cautelares.