O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou nesta sexta-feira (1º) sobre as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos a ele, com base na Lei Magnitsky. Durante uma sessão extraordinária que marcou o retorno do recesso do Judiciário, Moraes afirmou que a ação do clã Bolsonaro para convencer o governo americano a adotar medidas contra o Brasil representa uma "traição ao país".
Moraes destacou que as sanções são resultado de ações de indivíduos que atuam contra os interesses nacionais. Ele criticou a postura de brasileiros que, segundo ele, se encontram foragidos no exterior e tentam gerar uma crise econômica no Brasil por meio de pressões políticas e sociais. O ministro também fez referência a articulações realizadas por autoridades brasileiras no exterior, sem citar nomes, mas insinuando a participação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O ministro enfatizou que a implementação das sanções visa interferir nas ações penais em andamento e que o STF está comprometido em atuar dentro da Constituição, sem aceitar pressões externas. Moraes também afirmou que não possui ativos sujeitos às restrições impostas pela legislação americana, que visa punir violações de direitos humanos e corrupção em nível global.