O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, participou do clássico entre Corinthians e Palmeiras no mesmo dia em que foi sancionado pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. Em entrevista ao Washington Post, Moraes afirmou que a ida ao jogo foi uma ‘distração útil’ e um ‘momento de relaxamento’, embora tenha reconhecido que a partida não foi particularmente boa. Este evento marcou sua primeira aparição pública após as sanções impostas pelo governo de Donald Trump.
Durante a entrevista, Moraes destacou que as ‘falsas narrativas’ têm envenenado as relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente por conta de declarações de políticos brasileiros, como o deputado Eduardo Bolsonaro. Ele enfatizou que sempre buscou inspiração na governança americana e lamentou a deterioração das relações bilaterais, atribuindo-a à desinformação nas redes sociais. O ministro também refletiu sobre as consequências das sanções, que incluem restrições de visto e bloqueio de bens, mas reafirmou seu compromisso em continuar seu trabalho.
Moraes defendeu a atuação do STF como uma ‘vacina’ contra a autocracia e garantiu que não recuará em seu papel no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta acusações relacionadas à tentativa de golpe após as eleições de 2022. Ele reiterou que o tribunal seguirá com os processos necessários para garantir a justiça, independentemente das pressões externas ou das sanções recebidas, destacando a importância da verdade e da transparência na política brasileira.