O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, em 26 de agosto de 2025, a polícia penal do Distrito Federal a realizar vigilância integral na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi fundamentada em um parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) e ocorre às vésperas do julgamento do ex-presidente, previsto para o dia 2 de setembro, onde ele enfrenta acusações relacionadas a uma suposta trama golpista.
Bolsonaro já cumpre prisão domiciliar e está monitorado por tornozeleira eletrônica. O pedido de aumento da vigilância foi enviado ao STF pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que argumentou que a medida é necessária para assegurar a aplicação da lei penal. Embora a procuradoria não tenha indicado risco de fuga, recomendou o reforço no policiamento preventivo em torno do ex-presidente.
Na decisão, Moraes também mencionou um pedido de asilo político à Argentina encontrado no celular de Bolsonaro durante investigações sobre ações contra o Brasil. O ministro destacou que o monitoramento é essencial para garantir o cumprimento das medidas cautelares impostas ao ex-presidente, incluindo restrições quanto à aproximação de embaixadas, onde ele poderia solicitar asilo político.