O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), irá decidir sobre o pedido da Polícia Federal (PF) para aumentar o policiamento na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro. A PF solicitou que uma equipe de policiais permaneça 24 horas na casa de Bolsonaro para garantir a efetividade da prisão domiciliar, conforme precedentes. Em contrapartida, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra essa medida, alegando que não há necessidade de soluções mais rigorosas no momento.
O procurador-geral Paulo Gonet argumentou que a prisão domiciliar é suficiente e que não há relatos de situações críticas na casa do ex-presidente. No entanto, ele reconheceu a necessidade de manter a área livre de obstruções para ações policiais, caso necessário. Gonet também expressou preocupação com o risco de fuga de Bolsonaro, especialmente com o julgamento se aproximando e investigações sobre um pedido de asilo na Argentina.
A PGR destacou a proximidade de Bolsonaro com dirigentes estrangeiros, o que poderia facilitar seu acesso a embaixadas. Gonet enfatizou a importância de equilibrar os direitos do ex-presidente com os interesses da Justiça Pública, considerando o histórico de inconformismo de Bolsonaro com as decisões judiciais. A decisão de Moraes poderá impactar significativamente o andamento do processo penal contra o ex-chefe do Executivo.