Moradores da Faixa de Gaza expressam seu medo e desespero após intensos bombardeios israelenses que deixaram pelo menos 16 mortos neste domingo (31), segundo a Defesa Civil local. Iman Rajab, uma residente, relata: “Nós temos medo da noite, de dormir em nossas barracas”, enquanto a cidade se prepara para uma ofensiva militar em larga escala do Exército israelense contra o Hamas. A nova série de ataques atingiu diversos pontos da região, incluindo a Cidade de Gaza, onde famílias choram pelos mortos em hospitais superlotados.
A guerra em Gaza, que se intensificou após o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, já resultou em mais de 63.400 mortes, a maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde palestino. A ONU alerta sobre a crise humanitária, com quase dois milhões de habitantes vivendo sob cerco e enfrentando deslocamentos constantes. O Exército israelense considera a Cidade de Gaza um dos últimos redutos do Hamas e, embora não tenha ordenado diretamente a evacuação dos moradores, indicou que isso pode ser “inevitável”.
Com as restrições à imprensa e dificuldades de acesso à região, a verificação independente das informações é complexa. A situação continua crítica, com a população clamando por paz e assistência humanitária em meio ao caos e à incerteza. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos desse conflito prolongado e devastador.