Moradores do condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde a última segunda-feira (4), expressaram descontentamento com o aumento da movimentação de apoiadores e a presença policial na região. As queixas foram compartilhadas em um grupo de WhatsApp, revelando preocupações com buzinaços, gritaria e dificuldades de acesso ao local, situado no Jardim Botânico, uma das áreas mais nobres da capital federal.
Os residentes relataram que a situação se tornou insustentável, com um morador descrevendo o ambiente como um 'inferno' e outro destacando a dificuldade de transitar na área. As preocupações aumentaram com a possibilidade de acampamentos de apoiadores serem montados nas proximidades, levando a temores de que o cotidiano da vizinhança fosse permanentemente afetado.
O síndico do condomínio teve que intervir nas discussões, pedindo que o grupo se concentrasse em assuntos cotidianos e não em política. No entanto, as ironias e descontentamentos continuaram a surgir entre os moradores, refletindo a tensão gerada pela presença do ex-presidente, que está sob prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão de colocar Bolsonaro em prisão domiciliar foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, após o ex-presidente participar de um ato em Copacabana que pedia anistia para investigados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Além da prisão domiciliar, Bolsonaro está proibido de se comunicar com outros investigados e de utilizar redes sociais.