Moradores de Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, mudaram suas rotinas após relatos de um possível ataque de onça a um cachorro. O animal desapareceu temporariamente e retornou machucado, levando a população a temer pela segurança. O Instituto Água e Terra (IAT) investigou a situação e, embora tenha descartado a presença do felino, decidiu instalar armadilhas fotográficas para monitorar a área.
A situação gerou preocupações entre os moradores, que começaram a adotar medidas de segurança, como mudar a forma de locomoção. Antonia Silva Lourenço, residente local, relatou que agora utiliza o carro para ir ao trabalho devido ao medo de encontrar o animal. Além disso, Claudia Masselli, criadora de cavalos, notou ferimentos em suas éguas e alterou o espaço onde os animais ficam para garantir sua proteção.
Especialistas alertam que a aproximação de animais silvestres às áreas urbanas é uma consequência da perda de habitat natural e da diminuição das presas. O coordenador do Programa Grandes Mamíferos Serra do Mar, Roberto Fusco, enfatiza que a morte de uma onça-pintada, espécie ameaçada de extinção, pode causar desequilíbrios ambientais. Ele recomenda que a população notifique as autoridades em caso de avistamentos e evite qualquer ação que possa prejudicar esses animais.
