A agência de classificação de risco Moody's avaliou que a nova cobrança de alíquotas de importação nos Estados Unidos terá um impacto moderado sobre o setor corporativo da América Latina. De acordo com o relatório, 70% das empresas da região enfrentam exposição moderada às tarifas, enquanto 17% devem sentir um leve impacto e apenas 13% estão mais vulneráveis às novas taxas impostas pelo governo de Donald Trump.
A análise abrangeu cerca de 3,5 mil empresas não financeiras globalmente, incluindo 140 na América Latina, focando na vulnerabilidade dessas companhias em relação às tarifas dos EUA. A Moody's destacou que a maior exposição das empresas latino-americanas está relacionada ao comércio com a China, mas que as fabricantes de automóveis e aeronaves têm relações comerciais diretas com os Estados Unidos, o que as torna mais suscetíveis às novas alíquotas.
O relatório também observou que, apesar da alta exposição macroeconômica para os produtores de commodities da região, esses ainda mantêm vantagens em comparação a empresas de outras partes do mundo. A Moody's alertou que as tarifas dos EUA podem reduzir as taxas de crescimento econômico na América Latina, impactando negativamente o emprego e o consumo. Além disso, o Brasil e o México enfrentam tarifas mais altas, com o Brasil sujeito a uma nova taxa de 50% a partir de agosto, embora alguns produtos brasileiros, como aeronaves civis, tenham recebido isenções tarifárias.