Durante momentos tensos no plenário da Câmara dos Deputados, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) expressaram preocupação com as tentativas de bolsonaristas de reassumir o controle da Casa. A situação ocorreu enquanto Hugo Motta (Republicanos-PB) era impedido de retomar sua presidência. Interlocutores do STF questionaram se esses movimentos refletem um perfil autoritário e golpista dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A avaliação dos ministros é de que as articulações dos bolsonaristas, que buscam beneficiar Bolsonaro, não terão sucesso. A ação penal relacionada ao golpe já está em fase final no STF, tornando inviável sua retirada de tramitação. Além disso, a proposta de emenda constitucional (PEC) que busca acabar com o foro privilegiado para presidentes e vice-presidentes enfrenta resistência no Congresso, o que dificulta sua aprovação antes do julgamento da ação penal.
Os ministros do STF também rebatem as acusações de 'suprema ditadura' feitas pelos bolsonaristas, afirmando que as verdadeiras tentativas de autoritarismo estão evidentes nas ações de quem defende um ex-presidente que discutiu um golpe enquanto estava no poder. O julgamento da ação penal de Bolsonaro está previsto para ocorrer em setembro, o que intensifica a urgência das discussões no Congresso.