O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, comentou nesta segunda-feira (4) sobre o possível impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, afirmando que não vê viabilidade na magnitude das taxas. Em entrevista, Marinho declarou que "o mundo não vai acabar" e que a situação deve ser encarada com tranquilidade.
Marinho avaliou que o presidente dos EUA, Donald Trump, "não tem tanta convicção" sobre as tarifas e que ele já teria recuado em relação à sobretaxa de 40% em diversos setores. O ministro destacou que a narrativa de um déficit em desfavor dos EUA é equivocada, afirmando que, na verdade, é o Brasil quem deve se preocupar com a situação.
O ministro também ressaltou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está aberto a negociações com a Casa Branca e outros países, enfatizando a importância de um diálogo construtivo. Marinho ainda mencionou que técnicos do governo estão avaliando possíveis medidas a serem adotadas em resposta às tarifas, embora tenha expressado preocupação com a criação de empregos no segundo semestre de 2025.
Os comentários de Marinho ocorreram após a divulgação de dados que mostraram a criação de 166,6 mil postos de trabalho com carteira assinada em junho de 2025, uma queda de 19,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que previa a criação de cerca de 175 mil empregos para o mês.