O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, um dos aliados mais próximos do presidente Lula, tem enfrentado uma fase de baixa visibilidade e eficácia em sua gestão. Desde que assumiu a pasta, Marinho não conseguiu avançar em propostas importantes, como o fim do saque-aniversário do FGTS e a regulamentação dos trabalhadores autônomos de aplicativos. Sua participação no recente pacote de socorro a empresas afetadas pelo tarifaço foi mínima, evidenciando sua marginalização nas discussões governamentais.
A falta de resultados concretos e as críticas tanto internas quanto externas têm gerado pressão sobre Marinho. Durante um evento no Palácio do Planalto, Lula questionou publicamente a lentidão na regulamentação da Lei Paul Singer, ressaltando que a responsabilidade pela implementação recai sobre a própria pasta. Embora aliados de Marinho apontem um Congresso hostil a pautas trabalhistas como um dos fatores para suas dificuldades, a realidade é que suas propostas têm encontrado resistência significativa.
Apesar das derrotas acumuladas, a permanência de Marinho no governo é considerada garantida até abril, quando ele deverá deixar o cargo para buscar reeleição como deputado federal. A expectativa é que ele consiga indicar seu sucessor, Francisco Macena, para dar continuidade às políticas da pasta. No entanto, a falta de diálogo com o Congresso e as críticas à sua estratégia de comunicação levantam dúvidas sobre a viabilidade de suas futuras iniciativas.