Luiz Marinho, ministro do Trabalho e um dos aliados mais próximos do presidente Lula, tem enfrentado um cenário de críticas devido à sua atuação considerada apagada na pasta. Desde sua posse, Marinho não conseguiu emplacar propostas significativas, como o fim do saque-aniversário do FGTS e a regulamentação dos trabalhadores autônomos de aplicativos, além de ter um papel secundário na formulação do pacote de socorro às empresas afetadas pelo tarifaço de Donald Trump.
A falta de resultados concretos levou Lula a cobrar publicamente Marinho sobre a regulamentação da Lei Paul Singer, sancionada em dezembro de 2024. Embora aliados do ministro atribuam suas dificuldades a um Congresso hostil, as derrotas acumuladas em sua gestão são evidentes. A expectativa é que Marinho permaneça no cargo até abril, quando deverá se candidatar à reeleição como deputado federal, deixando seu secretário-executivo, Francisco Macena, como sucessor.
As implicações dessa situação são significativas para a agenda trabalhista do governo. A incapacidade de Marinho em avançar com suas propostas pode impactar a imagem do governo e a confiança dos trabalhadores nas políticas públicas. Além disso, a instalação de uma comissão especial na Câmara para discutir a regulamentação do trabalho em aplicativos indica que o tema continuará em pauta, exigindo uma nova abordagem por parte do ministro e sua equipe.