O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, provocou uma crise diplomática ao realizar uma oração pública na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, no último domingo (3). O local, sagrado tanto para judeus quanto para muçulmanos, é um ponto central na disputa entre israelenses e palestinos e sua visita foi vista como uma violação de um acordo histórico que proíbe orações judaicas no espaço. Ben Gvir, que é um político nacionalista de extrema direita, também sugeriu a ocupação total da Faixa de Gaza por Israel, intensificando as tensões na região.
A ação de Ben Gvir foi amplamente condenada, com a Autoridade Palestina classificando-a como uma "escalada perigosa". Países como Jordânia, Turquia e Arábia Saudita também expressaram suas críticas, ressaltando a importância da segurança da Mesquita de Al-Aqsa e a preservação da identidade sagrada de Jerusalém. O ministério das Relações Exteriores da Turquia condenou a "invasão" e destacou que a proteção do local é uma responsabilidade global.
A visita do ministro é a primeira vez que um membro do governo israelense realiza uma oração pública na Esplanada, conforme reportagens da mídia israelense. A data escolhida, Tisha B'Av, é significativa no calendário hebraico, marcando o luto pela destruição dos templos judaicos que existiam no local. Apesar das críticas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou que a política de Israel em relação ao status quo no Monte do Templo permanece inalterada.