O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), expressou sua desaprovação em relação à aplicação da Lei Magnitsky ao colega Alexandre de Moraes durante um evento na Fundação Fernando Henrique Cardoso. Fachin classificou a sanção como uma "interferência indevida" e um indicativo de "discórdia institucional", destacando que punir um magistrado por suas decisões judiciais representa uma intromissão negativa, especialmente quando oriunda de pressões externas.
A sanção imposta ao ministro Moraes pelo governo de Donald Trump, que o proíbe de entrar nos Estados Unidos e acessar bens em instituições financeiras americanas, está relacionada à condução de um processo penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa medida gerou um intenso debate sobre a autonomia do Judiciário brasileiro e a influência externa nas decisões internas do país.
Diversos ministros do STF manifestaram apoio a Moraes, enfatizando a importância da soberania nacional. Eles criticaram as sanções impostas ao Brasil, argumentando que tais ações podem comprometer a independência do sistema judiciário e a integridade das instituições democráticas. A defesa da autonomia do Judiciário é considerada essencial para a manutenção do estado de direito no Brasil.