O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reafirmou nesta segunda-feira (4) que o governo brasileiro não cederá a pressões do governo Donald Trump para encerrar processos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando tais exigências como 'inaceitáveis'. Durante uma cerimônia no Palácio Itamaraty, Vieira denunciou um 'conluio ultrajante' entre brasileiros e forças estrangeiras que, segundo ele, busca subverter a ordem democrática no Brasil.
Em um discurso contundente, o chanceler criticou a campanha promovida por opositores nos Estados Unidos, incluindo o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro e o comentarista Paulo Figueiredo. Vieira enfatizou a importância de agir com 'firmeza e inteligência' na defesa dos interesses nacionais, citando figuras históricas que lutaram contra o arbítrio no país.
O ministro também se posicionou contra a ideia de que o Brasil está passando por uma 'caça às bruxas', como mencionado por Trump em relação ao processo contra Bolsonaro. Ele destacou que a democracia brasileira e suas instituições superaram uma tentativa de golpe militar, com os responsáveis atualmente enfrentando processos judiciais transparentes. Ao ser questionado sobre futuras conversas com o governo dos EUA, Vieira optou por não comentar, limitando-se a dizer que estava 'mudo'.