O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou nesta quarta-feira (6) que o Exército deve "executar" as decisões políticas relacionadas à guerra na Faixa de Gaza. A declaração ocorre em meio a divergências dentro do governo sobre a possibilidade de uma ocupação total do território palestino. O comandante do Estado-Maior, general Eyal Zamir, expressou reservas sobre a ampliação das operações militares, alertando que isso poderia resultar na morte de reféns e caracterizando a ocupação total como uma "armadilha".
A imprensa israelense reporta que o governo, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, planeja intensificar as operações em Gaza, incluindo áreas densamente povoadas onde os reféns podem estar detidos. Katz enfatizou que, apesar das opiniões divergentes, o Exército cumprirá as ordens do governo com profissionalismo até que os objetivos da guerra sejam alcançados. O líder da oposição, Yair Lapid, criticou a estratégia do governo, afirmando que poderá levar à morte dos reféns por fome e agressões.
Netanyahu convocou uma reunião do gabinete de segurança para esta quinta-feira (7), onde decisões cruciais sobre a nova fase da guerra serão discutidas. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel enfrenta crescente pressão interna e internacional para resolver a situação, que inclui a preocupação com os 49 reféns capturados e o sofrimento da população palestina na Faixa de Gaza, que enfrenta uma crise humanitária severa.
Em um trágico incidente na Faixa de Gaza, a Defesa Civil relatou a morte de 20 pessoas após um caminhão de suprimentos tombar sobre uma multidão que aguardava ajuda alimentar. O Hamas denunciou a obstrução deliberada da passagem de ajuda humanitária, enquanto um porta-voz militar israelense negou qualquer envolvimento do Exército no acidente.