O Ministério do Meio Ambiente manifestou, nesta terça-feira, sua preocupação com a decisão da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que determinou a suspensão da Moratória da Soja. A medida foi justificada com base em alegações de práticas anticompetitivas, mas a pasta ressaltou que o acordo, em vigor há quase duas décadas, gerou resultados inegáveis para a proteção ambiental ao proibir a compra de soja de produtores que desmatam a Amazônia após julho de 2008.
O ministério argumentou que a continuidade do pacto é fundamental para a preservação da floresta e que não há evidências suficientes para caracterizar um cartel de compra que justificasse a ação do Cade. A decisão, que exige a suspensão do acordo em um prazo de 10 dias sob pena de multas severas, levanta preocupações sobre os impactos na conservação ambiental e na dinâmica do mercado agrícola brasileiro.
As implicações dessa decisão podem ser profundas, afetando tanto a proteção ambiental quanto as relações comerciais no setor de soja. A moratória tem sido um pilar na luta contra o desmatamento na Amazônia, e sua suspensão pode abrir precedentes perigosos para práticas agrícolas insustentáveis e comprometer os esforços de conservação já realizados nos últimos anos.