Na última semana, o Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil lançou uma consulta pública com as diretrizes iniciais para o próximo Leilão de Capacidade de Energia, agendado para março de 2026. O primeiro leilão, focado em projetos a gás e carvão, ocorrerá em 13 de março, enquanto o segundo, voltado para usinas a óleo, será realizado em 20 de março. As novas regras visam aumentar a previsibilidade do cronograma e dos produtos contratados por meio de PPAs, promovendo maior flexibilidade ao sistema elétrico brasileiro.
O Bank of America (BofA) estima que a demanda total por energia ultrapasse 20 Gigawatts (GW) médios até 2030, com a Eneva sendo apontada como a principal beneficiada do leilão. A empresa poderá renovar cerca de 30% da sua capacidade instalada com contratos que vencem entre 2027 e 2029, além de abrir espaço para novos projetos como a usina Celse 2. Apesar da separação entre projetos on-grid e off-grid, o BofA acredita que a necessidade elevada do sistema garantirá um resultado positivo para a Eneva.
Além da Eneva, a Copel é vista como uma das maiores beneficiadas no segmento hidrelétrico, seguida por Eletrobras e Engie Brasil. O Santander também destaca que o leilão pode ser transformacional para a Eneva, aumentando as receitas fixas para ativos já em operação. A demanda será um fator crucial para definir os retornos finais, com estimativas indicando que o leilão pode alcançar uma demanda total entre 12 GW e 15 GW.