O Ministério da Cultura e a Funarte manifestaram seu descontentamento em relação à ação da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que resultou na remoção forçada de artistas do Teatro de Contêiner Mungunzá, em São Paulo, no dia 20 de agosto de 2025. A operação ocorreu em um prédio adjacente ao teatro, onde estavam armazenados equipamentos culturais, e a GCM utilizou gás de pimenta durante a desocupação. Desde 2016, o Teatro de Contêiner ocupa o local e busca que a área seja destinada à Secretaria de Cultura da cidade.
A administração municipal, no entanto, tem planos diferentes para o espaço, que faz parte de um projeto de revitalização urbana, incluindo a construção de novas habitações e áreas de lazer. A GCM iniciou a desocupação do prédio anexo ao teatro, que está interditado e programado para demolição. Apesar dos pedidos de prorrogação do prazo feitos pelo Teatro de Contêiner e pelo Ministério da Cultura, a prefeitura não respondeu às solicitações.
As implicações dessa ação são significativas, pois refletem um conflito entre a preservação cultural e as políticas urbanas da administração municipal. O descontentamento do Ministério da Cultura pode levar a uma maior pressão sobre a prefeitura para reconsiderar seus planos e buscar um diálogo mais aberto com os representantes culturais da cidade. A situação destaca a necessidade urgente de equilibrar desenvolvimento urbano e valorização do patrimônio cultural.