Os preços futuros do minério de ferro apresentaram leve queda nesta sexta-feira, 4 de agosto, e estão em trajetória de perdas semanais, refletindo a diminuição das expectativas de novos estímulos do governo chinês para o setor imobiliário, que enfrenta dificuldades. O contrato de setembro do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) fechou com uma queda de 0,19%, cotado a 783 iuanes (US$ 108,60) por tonelada, acumulando uma perda de 2,1% na semana.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para setembro registrou um aumento de 0,49%, alcançando US$ 100,25 por tonelada, mas também sofreu uma perda semanal de 2,9%. A reunião do Politburo da China, realizada em julho, não resultou em novas medidas de estímulo para o setor imobiliário, o que continua a impactar negativamente a demanda por materiais industriais, incluindo o aço.
Analistas apontam que a reunião trouxe um tom positivo sobre a situação econômica atual, reduzindo a urgência para a implementação de políticas de estímulo. Zhuo Guiqiu, da corretora Jinrui Futures, destacou que a queda no índice dos gerentes de compras (PMI) da China, que atingiu 49,3 em julho, também contribui para as preocupações com a demanda, evidenciando um enfraquecimento no consumo interno e externo.
Além disso, dados da consultoria Mysteel indicam que a produção média diária de metal quente caiu 0,6% em relação à semana anterior, totalizando 2,41 milhões de toneladas, o nível mais baixo em três semanas. Essa combinação de fatores tem pressionado os preços do minério de ferro, principal insumo na fabricação de aço.