Os preços futuros do minério de ferro enfrentaram uma queda significativa nesta terça-feira, impulsionada por novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O contrato de janeiro do minério mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China fechou com uma redução de 0,7%, cotado a 776,5 iuanes (US$108,56) por tonelada, enquanto o minério de referência na Bolsa de Cingapura caiu 0,93%, para US$102,3 a tonelada.
As declarações de Trump, que exigiu que a China fornecesse ímãs ou enfrentasse tarifas de até 200%, intensificaram as preocupações sobre a demanda global por commodities. Essa situação ocorre em um contexto onde os preços do minério já estavam sob pressão devido à retração da demanda da China, que enfrenta desafios econômicos como a deflação e a baixa confiança do consumidor. Mineradoras como a Fortescue e a BHP já reportaram lucros em queda, refletindo o impacto negativo dessa situação no setor.
As implicações dessas ameaças tarifárias são significativas, pois podem agravar ainda mais a relação comercial entre os EUA e a China, afetando o mercado global de commodities. A possibilidade de tarifas adicionais sobre produtos digitais também levanta incertezas sobre o futuro das negociações comerciais. Com a China sendo o maior consumidor de minério de ferro, qualquer desaceleração na demanda pode ter repercussões profundas para as mineradoras e para o mercado global.