A Justiça do Rio de Janeiro decidiu levar a júri popular o miliciano Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e três comparsas pelo assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho. O crime ocorreu em agosto de 2022, em Campo Grande, Zona Oeste da capital fluminense. Além de Zinho, foram pronunciados Rodrigo dos Santos, o Latrell; Paulo David Guimarães Ferraz Silva, o Naval; e Yuren Cleiton Felix da Silva, o Costelinha.
Os acusados respondem por duplo homicídio qualificado — em relação a Jerominho e Maurício Raul Atallah, que estava com ele no momento do ataque — e, no caso de Naval e Costelinha, também por organização criminosa. Segundo a denúncia, Zinho ordenou o crime após saber que Jerominho planejava retomar o controle da antiga Liga da Justiça. A execução foi realizada com fuzis em plena luz do dia, em frente à sede da associação social mantida por Jerominho.
A decisão judicial destaca que há indícios suficientes de autoria e materialidade, com base em laudos, depoimentos e provas reunidas na Operação Dinastia. O juiz também manteve a prisão preventiva dos acusados, e o caso será julgado pelo Tribunal do Júri, embora a data do julgamento ainda não tenha sido definida. Zinho se entregou à Superintendência da Polícia Federal no Rio na véspera de Natal de 2023, temendo por sua vida fora da prisão.