Na Baixada Fluminense, o Ministério Público investiga uma milícia liderada por Jefferson Constant Jasmim, conhecido como Deco, que atua de dentro da prisão. Em áudios obtidos pela investigação, Deco faz ameaças a comerciantes e negocia armas, enquanto três membros do grupo foram presos em uma operação realizada na quarta-feira (20). As cobranças de taxas impostas pela quadrilha incluem motoristas de vans, mototaxistas e empresas de internet e TV a cabo, com ameaças de violência para aqueles que se recusam a pagar.
A investigação do Gaeco revela que Deco, condenado a 30 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver, continua a comandar a milícia mesmo atrás das grades. Em um dos áudios, ele afirma que os devedores devem pagar com a vida ou com um tiro no olho. Além disso, o grupo enfrenta disputas territoriais com outras milícias da região, como as lideradas por Jota da Grama e Juninho Varão, evidenciando a complexidade do crime organizado na Baixada Fluminense.
As implicações dessa investigação são alarmantes, pois expõem a extensão da violência e da corrupção associadas às milícias na área. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que Deco foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima após a operação. A situação ressalta a necessidade urgente de ações mais eficazes para combater o crime organizado e proteger a população local das ameaças constantes.