Cerca de mil manifestantes se reuniram neste sábado (30) na cidade de Colônia, Alemanha, em uma marcha contra a militarização do país e a nova lei de serviço militar. O ato, que também expressou apoio à Palestina e defendeu uma relação mais amistosa com a Rússia, foi marcado por atrasos provocados pela polícia, que exigiu que os participantes abaixassem os mastros de cartazes. Os discursos enfatizaram a desmilitarização da Alemanha e a importância da amizade entre os povos, especialmente com a Rússia.
A manifestação ocorreu na praça Heumarkt e foi organizada por grupos pró-paz e defensores da Palestina. De acordo com uma pesquisa do instituto INSA, 55% dos alemães não acreditam que a nova lei de modernização do serviço militar resolverá a escassez de pessoal nas Forças Armadas. O governo alemão aprovou recentemente um projeto que prevê a possibilidade de retorno ao serviço militar obrigatório em caso de deterioração da segurança, além de exigir que jovens nascidos após 2007 preencham um questionário sobre dados pessoais.
O Ministro da Defesa, Boris Pistorius, destacou a necessidade de aumentar o efetivo das Forças Armadas em 50.000 a 60.000 soldados para atender às novas metas da OTAN. No entanto, ele reconheceu que o restabelecimento do serviço militar obrigatório, abolido em 2011, é inviável no momento devido à falta de infraestrutura adequada para treinamento. A manifestação reflete um crescente descontentamento com as políticas de defesa do governo e as preocupações sobre o futuro da segurança na Alemanha.