O México assumiu em agosto a posição de segundo maior importador de carne bovina brasileira, superando os Estados Unidos. Entre 1º e 25 de agosto, o Brasil exportou 10,2 mil toneladas para o México, totalizando US$ 58,8 milhões, enquanto os embarques para os EUA caíram para 7,8 mil toneladas, ou US$ 43,6 milhões. Essa mudança ocorre em um contexto de tarifas elevadas impostas pelo governo Trump, que complicaram as exportações brasileiras para o mercado norte-americano.
A missão liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin ao México visa fortalecer as relações comerciais e buscar novos mercados para a carne bovina brasileira. A Abiec, associação do setor, informou que as exportações para o México já vinham crescendo significativamente, quase triplicando em comparação ao ano anterior. De janeiro a julho de 2025, o Brasil exportou 67.659 toneladas de carne bovina ao México, consolidando sua posição como um parceiro estratégico no agronegócio.
As implicações dessa mudança são significativas para o setor agrícola brasileiro, que busca diversificar seus mercados em resposta às tarifas norte-americanas. A Abiec também está negociando um tratado de livre comércio com o México para aumentar a previsibilidade e competitividade das exportações. Embora o México tenha se tornado um importante destino para a carne bovina brasileira, a Abiec ressalta a importância contínua do mercado dos EUA e a necessidade de restabelecer relações comerciais sólidas com os importadores americanos.