A Meta decidiu congelar novas contratações em sua divisão de inteligência artificial, uma medida que impacta tanto a criação de novos cargos quanto as movimentações internas entre equipes. A decisão foi implementada na última semana e não possui um prazo definido para término, com exceções sendo permitidas apenas com a aprovação do diretor de IA, Alexandr Wang. A empresa confirmou a ação como parte de um planejamento organizacional e orçamentário anual, visando consolidar sua estrutura.
Este congelamento ocorre em meio a uma reestruturação significativa da área de IA, que foi dividida em quatro frentes: sistemas de superinteligência, produtos de IA, infraestrutura e pesquisas de longo prazo. Nos últimos meses, a Meta se destacou na disputa por talentos, oferecendo pacotes de remuneração bilionários e atraindo mais de 50 especialistas de empresas como OpenAI e Google. No entanto, essa estratégia gerou preocupações entre analistas sobre a pressão nos custos e a rentabilidade da empresa.
Além do congelamento das admissões, a Meta está considerando ajustes adicionais em sua divisão de inteligência artificial, que podem incluir a redução do tamanho das equipes e realocação de funcionários. A decisão reflete um momento de cautela em resposta aos altos gastos com talentos em IA, conforme alertado por analistas financeiros. O futuro da divisão pode depender da capacidade da Meta em equilibrar investimentos em inovação com a necessidade de garantir retornos aos acionistas.