Nesta terça-feira, 26 de setembro, os mercados globais mostraram reações negativas à pressão exercida pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para demitir Lisa Cook, diretora do Federal Reserve. Com seu mandato previsto até 2038, Cook enfrenta acusações de declarações falsas em formulários de hipotecas, mas se recusa a deixar o cargo. Enquanto isso, os índices em Wall Street apresentavam leve baixa e o Ibovespa caía cerca de 0,54%, refletindo um clima de cautela entre os investidores.
A tensão entre Trump e o Fed se intensificou com a tentativa de demissão de Cook, que é a primeira mulher negra a ocupar um cargo no conselho do banco central americano. Analistas apontam que as alegações contra ela podem não ser o verdadeiro motivo da pressão, uma vez que Cook criticou abertamente as tarifas impostas por Trump e seu impacto inflacionário. Essa situação reacende preocupações sobre a independência do Fed, um pilar fundamental da credibilidade financeira dos EUA.
As implicações dessa interferência política são profundas, pois podem afetar a confiança dos investidores e a política monetária do país. A curva de rendimentos dos Treasuries se acentuou com a notícia, indicando uma expectativa de juros mais altos no longo prazo. A permanência de Cook no cargo enquanto contesta legalmente a demissão pode prolongar essa incerteza no mercado, impactando negativamente a economia americana e suas relações financeiras globais.