Na quinta-feira (31), a Casa Branca anunciou tarifas definitivas sobre importações de cerca de 69 países, com vigência a partir de 7 de agosto de 2025. A medida, parte da guerra comercial iniciada por Donald Trump em abril, gerou aversão ao risco nos mercados financeiros, levando a uma realocação de portfólios e queda nas bolsas da Ásia e Europa na manhã desta sexta-feira (1).
O índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, caiu 1,4%, com perdas acentuadas em empresas exportadoras, enquanto o Hang Seng de Hong Kong recuou 2,1%. Na Coreia do Sul, o Kospi teve uma queda de 1,6%, impactado por desvalorizações em gigantes do setor de semicondutores. Na Austrália, o S&P/ASX 200 também registrou perdas, com o setor de mineração sendo um dos mais afetados.
Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 apresentava queda de 1,3% por volta das 9h de Brasília, com o DAX de Frankfurt recuando 1,5%. As montadoras, como Volkswagen e BMW, enfrentam preocupações sobre a competitividade no mercado americano. O euro e a libra esterlina se desvalorizaram frente ao dólar, refletindo a aversão ao risco entre investidores europeus.
Os contratos futuros de ações nos Estados Unidos operavam em baixa, com o S&P 500 futuro recuando 0,7%. Analistas preveem um impacto negativo significativo nas cadeias globais de produção e aguardam reações de autoridades chinesas e europeias, além de possíveis negociações na Organização Mundial do Comércio. A incerteza sobre os próximos passos aumenta a volatilidade nos mercados internacionais.