As bolsas de valores ao redor do mundo enfrentaram uma queda significativa nesta sexta-feira (1º) devido ao anúncio de novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As tarifas variam entre 10% e 49%, afetando diretamente países como Camboja, Austrália, Reino Unido, União Europeia, África do Sul e Suíça, gerando reações diversas entre os governos impactados.
No Camboja, um operário de uma fábrica de jeans expressou preocupação com a situação, esperando que a redução da tarifa de 49% para 19% ajude a evitar um colapso no setor de vestuário. Em contrapartida, a Austrália celebrou a manutenção da tarifa mínima de 10%, atribuída a esforços diplomáticos bem-sucedidos. O Reino Unido, que foi o primeiro a fechar um acordo com os EUA, também se preparou para pagar 10%, enquanto a União Europeia enfrentará uma tarifa de 15%.
A África do Sul registrou a maior tarifa do continente, de 30%, e seu presidente, Cyril Ramaphosa, afirmou que o governo continuará a buscar soluções diplomáticas. Na Suíça, a presidente Karin Keller-Sutter expressou decepção com a tarifa de 39%, enquanto o diretor da associação de indústrias locais criticou a decisão como arbitrária e sem justificativa.
Os investidores estão preocupados com o impacto econômico das novas tarifas, que resultaram na maior queda das bolsas europeias em três semanas. No Brasil, o Ibovespa caiu quase 0,5%, enquanto a cotação do dólar se estabeleceu em R$ 5,54. As negociações entre os EUA e a China continuam, com o prazo para um acordo se aproximando e o governo chinês alertando que não há vencedores em guerras tarifárias.