Os analistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação para 2025 pela 13ª semana consecutiva, agora projetando 4,86%, conforme o boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (25). As projeções para 2026 e 2027 também foram ajustadas para baixo, refletindo um impacto da política tarifária dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que tende a conter a atividade econômica e gerar um efeito baixista na inflação deste ano.
A estimativa de inflação para 2025 caiu de 4,95% para 4,86%, ainda acima do teto da meta de 4,5%. O Banco Central tem a responsabilidade de ajustar a taxa Selic para manter a inflação dentro do intervalo estabelecido. Caso a meta não seja atingida por seis meses consecutivos, o BC deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos do descumprimento.
Com a inflação acumulada acima do teto até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, já precisou justificar o novo descumprimento. A alta da inflação impacta diretamente o poder de compra da população, especialmente dos mais vulneráveis. Além disso, as projeções de crescimento do PIB também foram revisadas para baixo, indicando um cenário econômico desafiador para os próximos anos.