O Mercado Livre anunciou um lucro operacional recorde de US$ 825 milhões no segundo trimestre de 2023, representando um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido da empresa foi de US$ 523 milhões, com uma margem de 7,7%, enquanto a receita líquida alcançou US$ 6,8 bilhões, um crescimento de 34%. O diretor de Relações com Investidores, Richard Cathcart, destacou que o desempenho positivo é resultado do foco em métricas operacionais, minimizando a volatilidade cambial em suas operações na América Latina.
O volume de itens vendidos pelo Mercado Livre cresceu 31%, totalizando 550 milhões, com destaque para o Brasil, onde a redução do valor mínimo do frete grátis de R$ 79 para R$ 19 em junho impulsionou as vendas. Cathcart afirmou que, no mês da mudança, o crescimento de itens vendidos no Brasil acelerou para 34%, evidenciando a importância do frete grátis na conversão e retenção de clientes. O programa de frete grátis, em vigor desde 2017, já passou por três reduções de valor mínimo nos últimos cinco anos.
No setor de fintech, o Mercado Pago também apresentou resultados expressivos, com um aumento de 30% na base de usuários ativos, totalizando 68 milhões. A carteira de crédito cresceu 91%, alcançando US$ 9,3 bilhões, impulsionada pelo uso de modelos de risco baseados em machine learning. Além disso, o Mercado Ads, plataforma de publicidade digital da empresa, cresceu 38%, com a integração ao Google Ad Manager, permitindo que marcas veiculem anúncios em diversos sites além do marketplace.
A companhia planeja expandir sua malha logística, com a abertura de novas unidades fora do eixo Sudeste, consolidando sua posição como o maior ocupante de galpões logísticos no Brasil, com 2,3 milhões de metros quadrados. Até o final do ano, o Mercado Livre prevê a abertura de mais sete centros de distribuição, totalizando 26 unidades em operação.