O mercado financeiro brasileiro reagiu de forma tranquila à implementação de tarifas comerciais de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, como café, carnes e açúcar, nesta quinta-feira, 7 de agosto. Apesar da medida, cerca de 700 itens foram isentos da cobrança, o que contribuiu para a estabilidade do mercado. O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, optou por não retaliar e continuará buscando negociações bilaterais.
Na quarta-feira, 6, o Ibovespa registrou uma alta de aproximadamente 1%, encerrando o dia próximo aos 134.600 pontos, marcando o terceiro dia consecutivo de valorização. Os investidores reagiram positivamente à decisão do governo de evitar retaliações imediatas, além da continuidade da temporada de resultados corporativos. No câmbio, o real também se valorizou, com o dólar recuando 0,8%, cotado a R$ 5,463.
A expectativa para a divulgação dos resultados da Petrobras, agendada para após o fechamento do pregão, também influenciou o mercado. Analistas projetam um lucro líquido de R$ 20,172 bilhões para o segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 2,605 bilhões do mesmo período do ano anterior, embora represente uma queda de 42,7% em relação ao primeiro trimestre de 2025.
Para o dia de hoje, as perspectivas indicam uma possível estabilidade ou leve alta no Ibovespa, com os investidores avaliando o impacto das novas tarifas. O ambiente internacional se mostra favorável, com contratos futuros de ações nos Estados Unidos operando em alta, o que pode trazer suporte adicional ao mercado acionário brasileiro.