São Paulo – O mercado financeiro brasileiro registrou instabilidade nesta quinta-feira (31), um dia após o governo de Donald Trump anunciar um aumento nas tarifas comerciais. O dólar comercial fechou a R$ 5,601, marcando a primeira vez que a moeda ultrapassa a barreira de R$ 5,60 em quase dois meses, com uma alta de 0,19%. O índice Ibovespa, por sua vez, recuou 0,69%, apresentando o pior desempenho mensal desde dezembro, com uma queda acumulada de 4,17% em julho.
Durante o dia, a cotação do dólar variou, atingindo R$ 5,62 pela manhã, antes de estabilizar-se em torno de R$ 5,60 ao final das negociações. No acumulado do mês, a moeda norte-americana subiu 3,07%, embora tenha registrado uma queda de 9,37% em 2025. O aumento das tarifas e a extensão das negociações com o México, anunciada por Trump, contribuíram para a valorização do dólar no cenário internacional.
Internamente, a pressão sobre o dólar foi acentuada pela definição da Taxa Ptax, que é utilizada para corrigir as reservas internacionais e a dívida do governo atrelada ao câmbio. Além disso, o tom cauteloso do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que não descartou a possibilidade de aumento de juros em resposta a uma possível elevação da inflação, também impactou negativamente o mercado de ações, levando investidores a migrar para aplicações em renda fixa.