Os investidores iniciam a semana de 4 de agosto avaliando as novas perspectivas para a política monetária nos Estados Unidos, após a divulgação de dados decepcionantes sobre o mercado de trabalho. Na última sexta-feira, o Bureau of Labor Statistics (BLS) reportou a criação de apenas 73 mil empregos não agrícolas em julho, bem abaixo da expectativa de 110 mil contratações. Além disso, os números de junho e maio foram revisados para baixo, indicando uma deterioração acentuada do mercado de trabalho, que já vinha apresentando sinais de desaceleração.
A revisão dos dados trouxe à tona uma série de preocupações, levando o ex-presidente Donald Trump a demitir a presidente do BLS, Erika McEntarfer, acusando-a de manipulação de informações. O cenário atual levanta comparações com a estagflação da década de 1970, onde a inflação elevada e a desaceleração econômica coexistem, desafiando os formuladores de políticas econômicas e monetárias a encontrar soluções eficazes.
Com a inflação permanecendo acima da meta de 2% ao ano, os investidores estão atentos às possíveis ações do Federal Reserve (FED) em resposta aos dados econômicos mais fracos. Nesta segunda-feira, os contratos futuros dos principais índices americanos e as cotas do ETF EWZ iShares MSCI Brazil apresentam alta, refletindo a expectativa de um possível corte de juros pelo banco central americano.
No Brasil, o Relatório Focus aponta uma inflação de 0,28% em julho, um aumento em relação ao mês anterior, que registrou uma deflação de 0,08%. Enquanto isso, o índice de emprego Caged de junho ficou em 148.990, sem novas previsões disponíveis. A ausência de indicadores relevantes nos Estados Unidos nesta semana contribui para a incerteza que permeia os mercados.