Uma megaoperação deflagrada na última semana pelo Ministério Público de São Paulo e pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) desmantelou um extenso esquema criminoso ligado ao PCC no setor de combustíveis. O promotor João Paulo Gabriel destacou que o objetivo primordial da força-tarefa foi mapear a organização criminosa e estancar o uso do sistema financeiro para lavagem de dinheiro, visando a responsabilização financeira e patrimonial dos envolvidos.
A investigação, iniciada em meados de 2024, revelou a atuação da facção em redes de postos de combustíveis em São Paulo e Goiás, além de sua infiltração na cadeia de produção e distribuição. Com a colaboração de órgãos estaduais e federais, como a Polícia Federal e a Receita Federal, foram identificadas mais de 700 empresas e 100 pessoas ligadas ao esquema, que operava com ocultação de posições societárias e empresas de fachada.
O impacto financeiro das atividades criminosas é alarmante, com uma das empresas acumulando uma dívida superior a 400 milhões de reais com o Estado de São Paulo desde 2020. A operação resultou na expedição de mandados de prisão, com oito pessoas ainda foragidas, e tem como objetivo estabelecer um mapeamento detalhado das atividades do PCC, possibilitando futuras ações de responsabilização financeira e patrimonial dos envolvidos.