Marília Mendonça, uma das vozes mais marcantes da música sertaneja, segue fazendo história mesmo após sua trágica morte em novembro de 2021. O empresário Wander Oliveira, fundador da Workshow e responsável pela carreira da artista, revelou que há um vasto acervo musical que permitirá lançamentos póstumos por até 20 anos, com a meta de lançar 10 músicas anualmente. A mais recente canção, ‘Leão’, lançada em dezembro de 2022, se tornou a faixa mais ouvida na história das plataformas digitais no Brasil.
Após o falecimento da cantora, seu legado musical passou a ser administrado por três frentes: sua família, representada pela mãe Ruth Dias e pelo pai de seu filho, Murilo Huff; a gravadora Som Livre, que detém os direitos comerciais de suas produções; e a Workshow. No entanto, a gestão do repertório inédito tem gerado divergências entre os envolvidos. Um exemplo recente é o lançamento do dueto póstumo entre Marília e Cristiano Araújo, que não contou com a aprovação de Oliveira, embora tenha sido realizado por iniciativa da família.
Além das disputas sobre lançamentos, um pen drive contendo composições inéditas da artista se tornou um ponto de atrito. Wander Oliveira afirmou que abriu mão de seus direitos sobre o material, que inclui ideias de músicas e gravações caseiras. Contudo, surgiram desavenças quando o advogado da família começou a negociar o pen drive com a gravadora Som Livre. O legado musical de Marília Mendonça continua a gerar debates sobre sua preservação e divulgação.