Marfrig e Minerva disputam operação polêmica no Uruguai

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Na manhã de sexta-feira, 29 de agosto de 2025, a Marfrig anunciou que o acordo para vender algumas de suas plantas no Uruguai para a Minerva foi automaticamente rescindido, uma vez que o prazo de 24 meses desde a assinatura do contrato expirou sem o cumprimento das condições necessárias. A Minerva, por sua vez, emitiu um comunicado rejeitando a posição da Marfrig, sustentando que o contrato permanece válido e que a transação ainda está sob análise da COPRODEC, a autoridade antitruste do Uruguai.

O Morgan Stanley avaliou que essa situação representa um leve desdobramento negativo para a Minerva e um pequeno positivo para a Marfrig. As plantas em questão estão localizadas nas cidades uruguaias de Colônia, Salto e San José, e são avaliadas em R$ 675 milhões. A incerteza gerada pela discordância entre as empresas pode impactar suas ações no mercado, com a MRFG3 subindo 5,37% e a BEEF3 avançando apenas 0,17% na última sexta-feira.

As implicações dessa disputa são significativas, pois a não conclusão da transação pode resultar em penalidades financeiras para a Minerva e uma possível entrada de caixa para a Marfrig. O cenário atual exige monitoramento atento das decisões da COPRODEC e das estratégias futuras das empresas envolvidas, dado que o desfecho dessa negociação pode influenciar o desempenho das ações e o mercado como um todo.

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