O deputado federal Marcel van Hattem, do Novo-RS, apresentou sua defesa prévia no processo que tramita no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, onde enfrenta acusações de ter participado de um motim que ocupou a Mesa Diretora em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os líderes da oposição, Lindbergh Farias (PT-RJ), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Pedro Campos (PSB-PE), pedem a suspensão do mandato de Van Hattem por seis meses, alegando quebra de decoro parlamentar.
Na defesa, Van Hattem afirma que não cometeu ilegalidades e que a acusação não reflete os fatos. Ele esclarece que não se sentou na cadeira da presidência, mas em uma poltrona destinada a qualquer deputado, e que sua ação se enquadra no conceito de obstrução parlamentar, uma prática comum no jogo político. O partido Novo também defendeu o deputado, classificando a representação como um ato de perseguição.
O Conselho de Ética da Câmara agora terá a responsabilidade de avaliar o caso e decidir se Van Hattem e outros 13 deputados envolvidos no motim serão punidos. A situação gera tensões entre os parlamentares e levanta questões sobre a legitimidade das ações da oposição e os limites da obstrução parlamentar no Brasil.