Neste domingo (3), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram manifestações em várias cidades do Brasil, com ênfase na defesa da anistia para aqueles investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O principal ato ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, onde se reuniram diversas lideranças políticas e religiosas ligadas à direita, que também criticaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Embora impedido de participar presencialmente devido a medidas cautelares, Bolsonaro acompanhou os protestos de sua residência em Brasília e agradeceu aos apoiadores por meio de uma mensagem. As manifestações surgem após sanções impostas pelos Estados Unidos a Moraes, o que animou a base bolsonarista e gerou críticas à atuação do governo Lula, especialmente em relação ao aumento de tarifas promovido por Donald Trump.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não compareceu ao ato por motivos de saúde, mas o evento contou com a presença de figuras como o pastor Silas Malafaia e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Ferreira anunciou que será protocolado um novo pedido de impeachment contra Moraes e pediu que a Câmara dos Deputados discuta a anistia para os condenados. As manifestações, que ocorreram em diversas cidades, utilizaram o slogan “Reaja, Brasil” e foram organizadas de forma descentralizada, permitindo que parlamentares liderassem os protestos em suas bases eleitorais.
Apesar da mobilização, especialistas apontam que as principais reivindicações, como a anistia e o impeachment de Moraes, enfrentam forte resistência no Congresso e têm baixa probabilidade de prosperar. Nas redes sociais, lideranças bolsonaristas convocaram a militância com frases como “Brasil acima do STF”, enquanto organizadores em São Paulo celebraram a participação do público, desconsiderando críticas sobre a quantidade de manifestantes em atos anteriores.