Neste domingo (3), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram manifestações em mais de 60 municípios brasileiros, incluindo sete capitais: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Os atos foram organizados por lideranças da direita, como o pastor Silas Malafaia, e visaram protestar contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e exigir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
As manifestações são uma resposta aos desafios legais enfrentados por Bolsonaro, que se tornou inelegível até 2030 e é réu em um processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Atualmente, o ex-presidente cumpre medidas cautelares determinadas por Moraes, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de circulação, o que o impediu de participar fisicamente dos atos, mas ele acompanhou as manifestações por videochamada.
Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e outras lideranças do Partido Liberal (PL) estiveram presentes, enquanto o governador Tarcísio de Freitas não compareceu devido a um procedimento médico. Em Belo Horizonte, a manifestação contou com a participação de pastores e movimentos civis, marcada por orações e apelos por anistia. Cartazes com referências bíblicas e mensagens de apoio a Donald Trump também foram vistos, especialmente em locais como Rio de Janeiro e Brasília, onde manifestantes levantaram bandeiras dos Estados Unidos.
As manifestações ocorrem em um contexto de tensões políticas, com Trump recentemente aplicando sanções financeiras contra Moraes e aumentando tarifas sobre produtos brasileiros, o que intensifica o debate sobre as relações entre Brasil e Estados Unidos.