Mais de 880 pinguins-de-magalhães foram encontrados mortos nas praias do litoral sul de São Paulo, com o número subindo para 882 nesta terça-feira (26). O Instituto de Pesquisas Cananéia (Ipec) registrou o encalhe em massa a partir do dia 15, quando as aves começaram a aparecer em estado avançado de decomposição nas praias de Iguape, Cananéia e Ilha Comprida. Durante a última semana, mais de 100 pinguins encalharam por dia na região, e apenas um foi encontrado com vida e está recebendo tratamento.
O Ipec realiza exames biométricos e registra as condições dos animais encontrados. A maioria dos pinguins estava em estado avançado de decomposição e não passará por necrópsia, dificultando a identificação da causa da morte. Especialistas apontam que os encalhes podem estar relacionados à juventude dos animais, falta de alimento e interação com redes de pesca, além de fatores humanos que podem ter contribuído para a situação.
O monitoramento dos encalhes seguirá até dezembro, enquanto biólogos ressaltam a importância de análises mais aprofundadas. A migração dos pinguins ocorre entre junho e setembro, e muitos deles chegam debilitados ao Brasil, o que pode explicar o alto número de mortes em um curto período. A situação levanta preocupações sobre a saúde das populações de pinguins na região.