Entre os dias 15 e 21 de agosto, o Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) registrou a morte de 739 pinguins nas praias de Cananéia, Iguape e Ilha Comprida, no litoral sul de São Paulo. Os animais estavam em estágio avançado de decomposição, o que dificulta a identificação da causa das mortes. A temporada de pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), que ocorre anualmente até setembro, é um fenômeno natural na região, embora exija atenção especializada.
De acordo com especialistas, a espécie não está em risco devido ao número de mortes registrado. O oceanógrafo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta, enfatiza a importância de não manipular os animais encontrados nas praias e recomenda que a população acione as equipes técnicas para o manejo adequado. O IPeC realiza atividades de conservação e destinação correta dos animais marinhos que chegam às praias da região.
Estima-se que existam entre 2 milhões e 3 milhões de pinguins na natureza, principalmente na Argentina. Apesar das mortes serem consideradas um fenômeno natural, a ocorrência destaca a necessidade de cuidados com a fauna marinha e a importância do monitoramento durante a temporada migratória dos pinguins-de-Magalhães no Brasil.