Em agosto de 2025, Santa Catarina registrou a morte de mais de 3.300 pinguins-de-magalhães, com 2.552 ocorrências apenas neste mês. Os dados são do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que aponta que a maioria dos pinguins encontrados mortos são juvenis em sua primeira migração, tornando-os mais suscetíveis ao desgaste físico e a condições adversas.
O PMP-BS, que monitora a situação desde 2015, observa que as mortes estão dentro da média histórica, embora os números alarmem a população local. Fenômenos meteorológicos como ciclones e frentes frias têm contribuído para o aumento das carcaças nas praias, enquanto a interação com a pesca representa um risco adicional para esses animais migratórios. O coordenador do projeto, André Barreto, destaca que agosto é tradicionalmente o mês com maior registro de mortes, mas as condições climáticas deste ano têm gerado uma concentração atípica na região entre Florianópolis e São Francisco do Sul.
As implicações desse fenômeno são preocupantes, pois refletem não apenas o impacto das mudanças climáticas, mas também os desafios enfrentados pela fauna marinha devido à atividade humana. O monitoramento contínuo e a reabilitação dos poucos pinguins que chegam vivos às praias são essenciais para entender e mitigar os fatores que contribuem para essa mortalidade. A situação exige atenção redobrada das autoridades e da sociedade para proteger essa espécie emblemática.