O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao aumento das ‘ameaças’ dos Estados Unidos. Durante um ato em Caracas, ele afirmou que as milícias estariam preparadas e armadas para garantir a defesa do território nacional. A medida surge após os EUA elevarem a recompensa por informações que levem à captura de Maduro para US$ 50 milhões, o que intensifica a tensão entre os dois países.
Maduro, que discursou na praça Bolívar, enfatizou a necessidade de fortalecer as milícias como parte da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), criada por Hugo Chávez. Ele pediu que suas bases políticas avancem na formação de milícias camponesas e operárias, destacando a importância da defesa da soberania venezuelana. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino Lopez, também criticou as ações dos EUA, classificando-as como uma violação do direito internacional.
As declarações de Maduro e Padrino Lopez refletem um clima de hostilidade crescente entre a Venezuela e os Estados Unidos, que consideram o presidente venezuelano um dos maiores narcotraficantes do mundo. A mobilização das milícias pode ter implicações significativas para a segurança interna da Venezuela e para as relações diplomáticas na região, aumentando as tensões geopolíticas na América Latina.