O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os Estados Unidos de promoverem “agressões imperialistas” e de acreditarem que “são donos do mundo”, em um discurso proferido na quarta-feira (20). A declaração ocorreu um dia após o governo de Donald Trump afirmar que usará “toda a força” contra o regime em Caracas, durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA).
Maduro destacou a importância da Revolução Bolivariana, iniciada por Hugo Chávez, e pediu união entre os países aliados em defesa da Venezuela. Ele também confirmou a mobilização das Forças Armadas em resposta às ameaças dos EUA, que coincidiram com a movimentação de três destróieres da Marinha americana para o sul do Caribe, equipados com mísseis guiados Aegis.
A escalada nas tensões se intensificou após os EUA dobrarem a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões. Essa quantia supera a recompensa oferecida por Osama Bin Laden após os atentados de 11 de setembro de 2001, refletindo um cenário de crescente hostilidade entre Washington e Caracas desde que Maduro foi acusado formalmente de narcoterrorismo em 2020.