O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu ao aumento das tensões com os Estados Unidos após a mobilização de tropas norte-americanas no Caribe, em um discurso transmitido pela TV estatal na segunda-feira (25). Ele questionou como Washington reagiria se estivesse em uma situação semelhante e enfatizou que seria impensável que um líder americano pedisse intervenção estrangeira contra seu próprio país. Maduro afirmou que os venezuelanos estão defendendo sua pátria e que “ninguém toca nesta terra”.
A crítica de Maduro ocorre em meio ao envio de mais embarcações militares dos EUA para a região, incluindo o cruzador de mísseis USS Lake Erie e o submarino USS Newport News. Segundo fontes da Reuters, a operação tem como objetivo combater “organizações narcoterroristas” que representam uma ameaça à segurança nacional dos EUA. Essa movimentação se soma ao envio anterior de um esquadrão anfíbio com cerca de 4.500 militares, intensificando a presença militar americana no Caribe.
As declarações de Maduro refletem a crescente tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos, especialmente em um contexto onde o governo venezuelano se vê cercado por pressões externas. A retórica do presidente venezuelano sugere que ele está determinado a reafirmar a soberania do país diante das intervenções estrangeiras, enquanto os EUA justificam suas ações como parte de uma estratégia para enfrentar o narcotráfico na região.