A rede de restaurantes Madero foi alvo de uma operação que resultou em 193 autos de infração por irregularidades trabalhistas, conforme fiscalização realizada entre março e julho de 2025 pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais. As inspeções em 12 unidades da rede revelaram problemas como falta de registro de empregados, alojamentos inadequados e discriminação por idade, além de jornadas exaustivas e ausência de políticas contra assédio moral e sexual.
O relatório dos auditores destaca que o modelo de gestão do Madero viola direitos fundamentais, aumentando a vulnerabilidade de jovens trabalhadores recrutados em regiões do Norte e Nordeste. As práticas discriminatórias, como exigências de faixa etária específica e monitoramento constante dos funcionários, foram consideradas ilegais e resultaram nas autuações. A empresa, por sua vez, afirmou estar aberta ao diálogo e comprometida em adotar melhorias.
As 193 autuações foram aplicadas às unidades em Belo Horizonte (MG) e à matriz em Ponta Grossa (PR), com multas que podem totalizar R$ 3,4 milhões. A Secretaria de Inspeção do Trabalho ressaltou que os autos ainda estão em análise, podendo haver ajustes nos valores. O Madero terá que regularizar suas práticas ou enfrentar novas fiscalizações e ações judiciais caso não cumpra as exigências estabelecidas.