O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou, nesta quarta-feira (27), “apoio total” ao primeiro-ministro François Bayrou, que convocou uma moção de confiança que pode provocar a queda do seu governo no próximo mês. Bayrou pedirá a moção a um Parlamento profundamente dividido, enquanto tenta conseguir apoio suficiente para seu plano de corte de gastos de quase 44 bilhões de euros, visando reduzir o déficit da França, que está em 5,8% do PIB para 2024.
Os principais partidos de oposição já anunciaram que não apoiarão o plano de Bayrou, o sexto primeiro-ministro desde que Macron assumiu a Presidência em 2017. Após uma reunião de seu gabinete, Macron fez um apelo para que os partidos políticos franceses “ajam com responsabilidade”. Em entrevista ao canal TF1, Bayrou afirmou que não acredita que dissolver a Assembleia Nacional traria estabilidade e que novas eleições legislativas podem ser inevitáveis, embora ele e Macron prefiram evitar essa solução.
O governo francês enfrenta crescente descontentamento tanto da esquerda quanto da direita, com críticas sobre a falta de ações decisivas em questões como o aumento do custo de vida e a imigração. Uma campanha antigovernamental chamada Bloquons Tout convocou uma greve nacional para 10 de setembro, refletindo a insatisfação popular e a pressão sobre o governo para agir diante da crise atual.